Palácio de Bellas Artes

Cidade do México

Um dos mais belos edifícios da cidade do México é o Palácio de Bellas Artes, o teatro de ópera da capital.

O projeto é do final do século XIX é foi encomendado pelo presidente Porfirio Diaz junto ao arquiteto italiano Adamo Boari. A arquitetura segue a escola europeia, ele é todo revestido de mármore branco de Carrara, com a tecnologia mais moderna da época. A construção começou em 1904, mas devido ao peso do prédio com o mármore construído sob piso lamacento fez com que a obra afundasse mais de uma vez. A previsão de inauguração em 1908 foi sendo adiada constantemente. Com a Revolução Mexicana em 1910 a construção ficou quase parada. Seu reinício deu-se somente em 1932 com inauguração em 29 de novembro de 1934.

Os problemas da fundação da construção continuam e o palácio continua afundando bem lentamente.

Na fachada principal existem esculturas de querubins representando a música e a inspiração. O telhado do centro do edifício é feito de cristal com desenhos representando as musas com Apollo. Nas fotos noturnas você pode reparar a passagem das luzes internas.

Vários artistas, companhia de danças e orquestras famosos já se apresentaram no Palácio Bellas Artes, como Maria Callas, Luciano Pavarotti, Orquestra Filarmônica de New York, English National Ballet entre outros.

Quando fui ao México havia um festival de música clássica no palácio que não foi possível conhecer seu interior, já que todos os ingressos tinham sido vendidos. No interior existem murais de Diogo Rivera, Rufino Tamayo, David Alfano Siqueiros e José Clemente Orozco.

Normalmente existem apresentações de balés folclóricos a noite. Pessoas que conheço disseram que são apresentações muito bonitas.

O prédio fica em uma linda praça e recomendo a visita durante o dia e, se possível, no final de tarde e a noite. As paredes brancas refletindo a luz do dia fornecem uma imagem muito bonita, mas o jogo de luzes no final de tarde e noite produzem imagens deslumbrantes.

 

Basílica de Guadalupe

Cidade do México

O povo mexicano é muito religioso e a Nossa Senhora de Guadalupe é a representação máxima dessa devoção. Cerca de 20 milhões de pessoas de todo o mundo visitam por ano o complexo da Basílica de Guadalupe.

A história começa com Juan Diego Cuauhtlatoatzin, índio convertido ao catolicismo, que em 12 de dezembro de 1531, contou ao bispo que havia visto Nossa Senhora no Cerro de Tepeyac e que ela havia pedido que fosse construída uma igreja no local. A Virgem Maria falou a Juan Diego em sua língua nativa, o Nahuati. Como era de se esperar o bispo não acreditou e pediu um milagre como prova da autenticidade de sua visão. Na segunda aparição Nossa Senhora pediu a Juan Diego que colhesse as rosas que cresceriam no cerro mesmo sendo inverno, época que elas não nascem. Imediatamente nasceram rosas aos pés de Juan Diego. Ele colheu e enrolou as rosas em um manto feito de tilma, tecido tradicional indígena feito a partir do cacto, e levou-as ao bispo. Quando Juan e o bispo abriram o manto, este tinha a imagem da Virgem milagrosamente impressa. As rosas de inverno e o manto com a imagem convenceram a todos das aparições de Nossa Senhora. O bispo ordenou a construção da igreja dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe.

A construção da basílica antiga foi concluída em 1709. O prédio foi construído sob um solo macio e com o passar do tempo, no início dos anos 70, ocorreu um afundamento de parte da estrutura e inicia-se o projeto da uma nova basílica. A basílica antiga guardou o manto de Juan Diego até 1974. Para preservação do patrimônio foram construídos apoios estruturais para evitar o avanço do afundamento. Hoje é possível ver a bela basílica antiga em duas partes, mas estáveis.

A nova basílica foi consagrada em 1976. O desenho em forma circular foi feito para distribuir uniformemente o peso do prédio pelo solo de pouca resistência. Seu desenho permite também que todas as 10 mil pessoas que cabem em seu interior vejam o altar. Sua capacidade pode chegar a 40 mil pessoas em celebrações especiais.

É na nova basílica que está a tilma que estampa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Existe uma esteira rolante em frente ao local de exposição do manto, para evitar que pessoas fiquem paradas muito tempo.

Entre as duas basílicas existe uma enorme praça com um moderno campanário e um museu da basílica.

Mesmo que você não seja católico praticante, mesmo que seja de outra religião ou que não tenha nenhuma, o local merece uma visita. Pelo prédio, pela atmosfera, pela beleza do local reserve um tempo para conhecer a Basílica de Guadalupe.

 

Roteiro para a Cidade do México

Este roteiro é para você que vai à cidade do México e tem pelo menos três dias para passeios. Três dias você já vai ficar com a sensação de quero mais, menos só se você for a negócios e sobrar um dia para lazer. Para quem vai conhecer a cidade serão necessários pelo menos cinco dias.

Preparei mapas da cidade e separei passeios por região em cada dia. Temos um mapa geral e os locais de visita, cada dia uma cor. Os mapas estão na galeria de fotos desta dica.

No link abaixo você poderá ver o mapa geral a dar o zoom no que você quiser ver no detalhe.

https://www.google.com/maps/d/edit?mid=zqWPkpgnY1Lg.kollWZaPN3zs&usp=sharing

Nesta postagem falo sobre o roteiro, estou preparando outras dicas onde falarei sobre cada local separadamente de forma mais detalhada.

 

1º Dia

Visita ao Parque de Chapultepec e imediações.

Parque de Chapultepec – o maior da cidade e o maior da América Latina. Tem todos os tipos de atrações desde o tradicional passeio de pedalinho no lago até o maravilhoso museu de Antropologia, passando por parque de diversões e zoológico. Entre pelo portão da av. Juventud Heroica e caminhe até Monumento a Los Niños Heroes.

Castelo de Chapultepec – Museu Nacional de História – O prédio é muito bonito, os vitrais imperdíveis. O castelo está localizado em uma colina com vista de toda a cidade. O museu de história é muito organizado e bem conservado com salas que realmente impressionam.

Museu Antropológico – artefatos das culturas pré-colombianas apresentados de uma forma extremamente organizada e impressionante. É de deixar museus europeus com inveja. Não perca.

Auditório Nacional – vale a visita pela grandeza do prédio com uma bandeira mexicana gigante a frente. Veja a programação dos dias de sua permanência na cidade, você poderá ver belos espetáculos.

El Angel de la Independencia – a pequena caminhada pela Paseo de la Reforma vale a pena, o monumento é um marco da cidade, e a avenida é uma das mais importantes da cidade, arborizada e com muito prédios modernos ao lado de construções históricas.

 

2º Dia

Visita ao centro histórico.

ZócaloPraza de la Constitucion, praça central cercada pelo Palácio Nacional, a Catedral Metropolitana, hotéis e outros prédio públicos formando um ótimo lugar para manifestações e shows musicais. É o coração da cidade.

Catedral Metropolitana da Cidade do México – Igreja bem tradicional com exterior pouco conservado, mas muito bonito. O interior é impressionante com vários altares, utilizando muito ouro.

Palácio Nacional – é o palácio do governo, está muito bem conservado, encontramos nas escadarias e no primeiro andar existem vários murais gigantes de Diogo Rivera que retratam a vida dos mexicos.

Templo Mayor – A entrada é pelo enorme sitio arqueológico asteca, pré-colombiano, destruído parcialmente pelos espanhóis. Anexo tem um museu onde está exposto uma infinidade de peças astecas. É tão belo quanto o Museu Antropológico.

Palácio de Bellas Artes – após uma pequena caminhada chegamos a um dos mais belos teatros que existem. Verifique a programação de espetáculos, não tive a oportunidade de entrar, mas quem conheceu disse que o interior e tão belo quanto o lado externo.

 

3º Dia

Sitio Arqueológico de Teotihuacán – a 48 km da cidade do México encontram-se as maiores pirâmides astecas. São várias construções que formavam uma das maiores cidades do mundo nos anos pré-colombianos. Não ir a Teotihuacán é como ir a Paris e não ver o Louvre, consiga um dia e vá. Veja o álbum “Pirâmides de Teotihuacán

Basílica de Guadalupe – localiza-se ao lado do local onde o camponês Juan Diego teve a visão de Nossa Senhora. A importância desta basílica é tão grande quanto Aparecida e Fátima. Existe a Basílica antiga que um terremoto danificou e a nova, muito moderna, mas também imponente. Todos os tours para Teotihuacán passam primeiro pela basílica, caso o seu não passe, inclua este passeio no segundo dia.

 

4º Dia

Jardins Flutuantes de Xochimilco – a 25 km do centro da cidade encontramos as trajineras que são os barcos que percorrem os canais formados por ilhas artificiais construídas pelos astecas e conservadas quase como eram no passado. Nas ilhas flutuantes existem várias plantações de flores formando imensos jardins. Muito tradicional e bonito.

Museu Frida Kahlo – Frida Kahlo está para o México e para o mundo assim como Portinari e Di Cavalcanti estão para o Brasil. Conhecida mundialmente, o colorido de suas obras encanta a todos, mesmo os que não são entendidos por artes. Infelizmente programei minha visita ao museu no último dia de minha estada na cidade e ele estava fechado para manutenção. Fica como motivo para que eu volte a cidade do México.

 

5º Dia

Puebla – cidade há 130 km da cidade do México, que tendo oportunidade, deve ser visitada. Excursão de um dia inteiro, passa ainda pela cidade de Tonantzintla. A Catedral de Puebla é mais bonita que a catedral da cidade do México e a Capilla del Rosário é onde existe a maior concentração de ouro em uma igreja no mundo. As ruas do centro histórico conservam as fachadas coloniais. As cerâmicas de Puebla são conhecidas pela beleza e resistência.

 

Havendo mais tempo disponível, você poderá visitar na cidade do México:

Monumento da Revolução – diferente, com a possibilidade de subir próximo ao topo, onde poderíamos ter uma bela vista da cidade, mas foram construídos prédios ao seu redor.

Mercato San Juan – uma boa forma de conhecer os hábitos locais conhecendo os hábitos alimentares como frutas, verduras e comidas mexicanas. O mercato é uma boa forma para isto. Ele não é muito grande, mas dá para ter uma boa ideia.

Mercato de La Merced – havia lido que este mercado é bem grande, com uma enorme variedade de frutas que não conhecemos, verduras diferentes além de pequenos restaurantes com comidas mexicanas legítimas. Acabei não indo porque a recepção do meu hotel “me proibiu”, falando que era muito perigoso mesmo descendo na estação de metrô que fica dentro do mercado. Como sempre carrego minha câmera acabei aceitando o “conselho” e não fui. Quem tiver coragem vale a pena.

Outras cidades muito recomendadas são Santiago de Querétaro e San Miguel de Allende. Cada uma precisa de um dia inteiro de excursão.

Como comentei vou lançar novas postagens e fotos das principais recomendações que fiz nesta dica, aguarde.

Boa viagem.

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