Veneza – Cidade das Águas

Veneza é uma das cidades mais visitadas no mundo, milhões de turistas passam por ela todos os anos.

Praticamente não existe baixa estação, existe alta e altíssima estação. No verão italiano as filas são intermináveis e os preços dos hotéis são assustadores. Fui em maio, fora da alta estação, e mesmo assim, foi de longe, o hotel mais simples e mais caro da viagem.

Mesmo cara e cheia, Veneza é uma cidade maravilhosa e merece muito ser visitada, é completamente diferente de qualquer lugar que já visitei.

Imagine uma cidade onde não existem ruas e carros, somente canais, barcos e ruas estreitas para caminhar. Os ônibus são barcos maiores, chamados de vaporettos, e os táxis são lindas lanchas. Praticamente não existem “carros”, digo barcos particulares, as pessoas se locomovem pela cidade a pé ou pelos vaporettos.

A cidade de Veneza tem parte no continente e parte em 117 pequenas ilhas, entre elas os canais por onde tudo circula através de barcos. Para os turistas o que interessa é a Veneza das ilhas, a parte do continente só serve para quem quer economizar na hospedagem.

Eu já havia lido sobre a cidade e os canais, e também visto muitas imagens em filmes, mas é preciso visitá-la para ter a verdadeira dimensão do que é Veneza.

A cidade de Veneza transpira história em suas ruas estreitas e canais. Encontramos sempre construções de mais de 500 anos, boa parte delas com sua porta principal voltada para o canal onde as pessoas entram em seu barco ou o táxi-lancha.

Caminhar pelas ilhas de Veneza é desafiador, porque as ruas são estreitas e sinuosas, se perder em Veneza é muito normal, não é desonra para ninguém. É impossível tentar ir para uma determinada direção sem encontrar um canal e ser necessário dar uma boa volta. Tenho um bom senso de direção, mas constantemente usei o aplicativo de rotas do celular para me deslocar.

Em Veneza encontramos um dos lugares mais bonitos do mundo, a Praça de San Marco. Na praça encontramos inúmeros museus e galerias, mas as atrações principais são o Pallazo Ducale, o Campanário e a inacreditável Basílica de San Marco.

Começando pela Basílica, infelizmente não é permitido tirar fotos em seu interior para mostrar uma construção imensa com praticamente todo seu teto forrado de mosaicos. Imagine milhares, milhões de partículas coloridas, muitas delas menores que um centímetro, formando figuras de vários metros, são dezenas delas. A entrada é gratuita, a fila é grande, mas é rápida.

Para acesso a alguns locais da Basílica existem cobranças. O acesso até a parte superior da basílica custa 5 euros (maio/2016) e vale muito a pena, pela vista da praça de San Marco na sacada externa e pela vista interior da Basílica pelo balcão. É possível chegar bem perto dos mosaicos e apreciar o trabalho insano de sua criação. Novamente é uma pena a proibição de fotos no interior da Basílica.

A Sala do Tesouro custa 3 euros, é interessante, com diversas peças de cerimonias da igreja feitas em ouro e pedras preciosas.

A terceira cobrança parece desinteressante, mas deve ser feita, a visita ao altar. Custa 2 euros e permite ver um painel todo em ouro e pedras preciosas, é inacreditável, fiquei parado um bom tempo apreciando o belíssimo trabalho.

A segunda e também imperdível visita é a do Palazzo Ducale, ou Palácio do Doge, com construção finalizada em 1424, foi residência do Doge de Veneza, o magistrado da república de Veneza. A fachada exterior é bem interessante, mas é seu interior que é magnifico. O Corredor de Ouro e a Sala do Arsenal são muito bonitos, mas o que mais fiquei admirado foi com a imensa Sala Del Maggior Consiglio, onde eram tomadas todas as grandes decisões da república.

A visita ao Campanário de San Marco também é bem interessante, principalmente para quem gosta de fotografias, a vista é linda. A vantagens sobre outras torres italianas é que nesta subimos de elevador, com o custo de 8 euros (maio/2016).

Os vaporettos da cidade de Veneza são um pouco complicados e lançarei em breve um “Dicas e Casos” com mais explicações.

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Sobre a viagem

Visitar Veneza sempre foi um sonho, minha avó nasceu na cidade e contava histórias que aguçavam minha curiosidade.

Quando montei meu roteiro de visita a Itália uma cidade teria que ser incluída, Veneza.

Toda vez que esperamos muito de alguma coisa, algumas vezes nós decepcionamos. Veneza foi o contrário, a cidade é mais bonita do que eu esperava. Passear pelas estreitas ruas, usar os vaporettos e principalmente conhecer a Basílica de San Marco foram experiências que nunca vou esquecer.

Reservei o Hotel Ca Lucrezia ao lado da estação Ferroviária Santa Lucia, que ao final foi uma boa opção. O preço da diária é menor que os hotéis perto da praça de San Marco e carreguei menos minha mala. Para chegar até hotéis no meio da cidade é necessário pegar o vaporetto, com a mala, ou um táxi-lancha, que é bem cara. Pode-se ir arrastando a mala pelas estreitas ruas e pontes, opção muito utilizada pelos turistas. O hotel é simples, tem o necessário para dormir bem, não tem elevador. Fiquei no segundo andar e tive que subir e descer as escadas sempre, inclusive com a mala. Investigando descobri que poucos são os hotéis com elevador na cidade, as construções são muito antigas.

Outra opção muito recomendada por outras pessoas que conversei em Veneza, é se hospedar em Mestre, bairro da cidade no continente, com diárias mais baratas e seguir de trem até a estação Santa Lucia. A desvantagem é a gasto de tempo e dinheiro com o trem.

Da estação, ou ao lado dela como eu estava, é possível pegar um vaporetto e em 30 min chegar na Piazza San Marco. Da para ir a pé, são pouco mais de 2 km. Pelo menos uma vez é interessante ir a pé para conhecer mais a cidade.

Antes de viajar, comprei pela internet o CitiPass do Venezia Única (link abaixo). Foi útil, mas com ressalvas:

  1. Comprar o “Transport Pass” para usar o transporte público de barco a vontade é bem interessante. Vou explicar melhor em breve em “Dicas e Casos”
  2. O “All Venice City Pass” para os museus e igrejas eu não compraria novamente. Se a cidade estiver muito cheia você poderá ganhar tempo para entrar no Palazzo Ducale. Em maio, quando eu fui, a fila normal tinha umas 20 pessoas, não fez muita diferença e o “All Venice City Pass” dá direito somente ao passei básico. Se quiser ver o “Intinerários Secretos” para conhecer o lado mais sombrio do Palazzo, você terá que pegar a fila normal e comprar um ingresso novo, perdendo o direito que você tinha no “All Venice City Pass”. Você terá direito a ver várias igrejas, mas não as mais conhecidas porque estas não aceitam o “All Venice City Pass”. Os museus permitidos são os mais simples, o Accademia (15 euros) não aceita o “All Venice City Pass” também. Os locais pagos dentro da Basílica também não aceitam o “All Venice City Pass”. Realmente a única vantagem é cortar a fila no Palazzo Ducale em altíssima temporada, você decide.

Procure visitar o Teatro La Fenice, ele sofreu vários incêndios e teve várias reconstruções, assim não é historicamente tão significativo, mas é muito bonito, merece muito a visita.

A cidade tem dezenas de igrejas, muitas delas é necessário pagar 2 a 3 euros para visitar, algumas permitem fotos, outras não. Pergunte sempre, porque existem cartazes na porta dizendo que a foto é proibida, mas realmente permitem fotos sem flash.

Igrejas que recomendo a visita:
– Basílica de San Marco – imperdível
– Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari – imperdível
– Chies adi Santa dei Maracoli – muito interessante
– Basílica de São João e São Paulo – muito interessante
Os passeios para Murano, Burano e Torcello são ótimos, vou cometá-los em outras publicações futuras.

Restaurante que fui e recomendo:
– Osteria Al Cicheto – restaurante
– Osteria Trefanti – restaurante
– Rosa Salva Pastry – confeitaria
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VeniceUnica – Venice City Pass

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