Laguna Cejar, Ojo del Salar e Laguna Tebinquiche

Laguna Cejar em Atacama deve estar entre seus primeiros passeios. É perto, não tem muito o que caminhar e a altitude do local é a mesma da cidade. Não é baixa, 2.300 metros, mas é a mais baixa entre os passeios da região. Não devemos esquecer de ir aos poucos se adaptando às grandes altitudes.

O passeio sai da cidade de San Pedro de Atacama na parte da tarde, porque ele sempre termina com um belíssimo pôr do sol. Você pode ir de bicicleta, já que o caminho é praticamente plano, mas sempre é bom ter um guia pois os caminhos são muito parecidos, podendo se perder.

A opção mais comum é pegar uma excursão na cidade e ir de van ou ônibus. O trajeto mais comum para primeiro na Laguna Cejar, uma lagoa onde a água tem um altíssimo teor de sal, maior até que a do mar morto no Oriente Médio.

A alta salinidade faz com que a flutuação seja muito fácil, o difícil é afundar. Não se deve esquecer que o sal as margens da lagoa acabam se cristalizando formando pontas que podem cortar o pé. Use sempre chinelos até entrar na água. Não deixe de tomar uma ducha de água doce após sair da lagoa porque o passeio continuará e o resíduo de sal, que certamente ficaram no corpo depois de seco, poderá ocasionar coceiras.

Para os fotógrafos, o verde intenso da água, o amarelo e bege da vegetação e o fundo com o vulcão Licancabur, oferecem excelente fotos. Escolha a excursão que sai mais cedo porque quando todas estão na lagoa o número de pessoas impede imagens da natureza pura.

Depois da Lagoa Cejar o passeio continua por duas crateras cheias de água doce, são os Ojos del Salar. Existem versões sobre como eles apareceram, dizem que foi pela queda de meteoritos, outros dizem que foi por desabamento do sub-solo devido a veios de água subterrâneo. Seja qual for o motivo os olhos do deserto são diferentes e bastante interessantes.

A terceira parada é na Laguna Tebinquiche ou na Laguna Seca. Dependendo da época do ano a Laguna tem água ou não. Quando estive em Atacama o que vimos foi uma grande lagoa, também muito salgada onde nas margens pequenas ondas são carregadas de sal. Já vi fotos nas quais a área da lagoa não tem uma gota de água e sim um imenso terreno branco devido ao sal depositado, por isso é também chamada de Laguna Seca.

Enquanto espera-se pelo pôr do sol, as empresas de turismo normalmente oferecem um pequeno lanche com biscoitos e pisco, a bebida típica da região. Após escurecer voltamos para San Pedro de Atacama.

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Sobre a viagem

Chegamos a San Pedro pela manhã e já marcamos o passeio para Laguna Cejar a tarde. Deu certo porque não é um passeio desgastante e não perdemos o dia ficando somente no hotel.

Estava muito frio, muito mesmo, e não tive coragem de entrar na água, preferi ficar fotografando. Não me arrependi por que o sol e as nuvens estavam fazendo uma brincadeira de esconde-esconde que resultaram em ótimas fotos.

Achei melhor admirar os corajosos, que foram poucos, pulando na salmora gelada.

Os ojos são diferentes e podem gerar fotos diferentes. O sol estará quase no horizonte e as sombras são intermináveis.

Na Laguna Tebinquiche, como estava esperando o pôr do sol, deu para aproveitar melhor o jogo de luzes e o vulcão ao fundo para captar belas fotos, mas foi no pôr do sol efetivamente que o céu virou um inferno vermelho gerando fotos inacreditáveis que dificilmente conseguirei outras semelhantes. As fotos que estão no álbum não têm reforço de saturação no Photoshop, as cores são naturais. Tudo bem que o pisco oferecido no lanche é bem forte, mas tenho as fotos para provar que não estava tendo alucinações.

Fui em baixa temporada, junho, mesmo assim havia muita gente beirando as lagoas. Todos que vão a San Pedro de Atacama fazem este passeio e o do Valle da Luna, assim reafirmo que a chegada antecipada aos locais é muito importante para belas fotos.

Fizemos a excursão para Laguna Cejar entre outros passeios pela Inca Coya e tivemos ótimo tratamento. Bons guias, horários e roteiros cumpridos.

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Inca Coya Tour

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